Quantas vezes nos perguntamos se as escolhas que fazemos são corretas? Inúmeras vezes me peguei questionando minhas atitudes, meus pensamos, ou melhor, minhas escolhas e quanto mais me questionava menos certeza tinha de tudo. Aquele cara legal que o mundo colocou em seu caminho, foi o acaso ou foi o destino? E aquele outro cara que você se viu loucamente apaixonada; sim esse mesmo, aquele que você achou que seria o príncipe encantado, aquele que você planejou chegar à melhor idade e sentar com ele na varanda para brincar com os seus netos, ele ainda permanece nos seus planos ou a vida o fez tomar um rumo diferente?
Infelizmente chegam momentos na vida de todos onde a escolha
é essencial, sabemos que não se pode ficar em cima do muro eternamente, até empurramos
com a barriga a maioria das vezes, porém chega um momento que não da mais! Chega
à hora em que você percebe que o suficiente não é mais suficiente e que o
essencial não é mais o centro das atenções e então eu me pergunto, perdemos
algo no caminho?
Não sei dizer ao certo o porquê de tantas perguntas sem
resposta, vemos claramente o que deveríamos fazer mais nem sempre é o que queremos
ou ao menos pensamos não ser. E como toda boa apaixonada a dúvida é algo que
corroí, a mudança é algo que amedronta e a atitude nem sempre é tão simples
quanto à palavra. Decidimos então deixar as águas rolarem; entregamos ao vento
as nossas lembranças e deixamos na mão do tempo a solução para o futuro, no
entanto, percebemos que a vida não é auto-suficiente, infelizmente.
E então a tormenta da dúvida torna a assombrar. Determinada
e cansada do mundo decidimos então ser suficientemente incompatíveis com
qualquer pessoa da raça humana, cuja o nome tenha qualquer afinidade com o gênero
oposto ao seu, a decisão de ficar sozinha, de não escolher nada e ao mesmo
tempo escolher tudo de deixar partir o que te sustentava e segurar apenas o que
te mantém em pé nem sempre é a solução.
Chegamos então à conclusão de que se não sabemos qual a
melhor escolha e não vivemos em uma bolha onde cada ser humano se baste
sozinho, percebemos então que precisamos escolher, então, aquele receio da
mudança continua, no entanto, com uma força menor e naquela estrada tão imensa
onde duas ruas se cruzam, escolhemos uma mão para seguir. Se é a certa ou não
só saberemos ao atingir o final do percurso, mais como bom entendedor de nossa
própria vida, devemos ou ao menos deveríamos saber o que é melhor para nós
mesmos e então vamos em busca do que nos faz feliz.
Certeza de escolha
nunca teremos, mas se não der certo continue, atravesse a avenida e siga em
frente que no outro lado da ponte há mais ruas esperando por seus pés.